O primeiro do ano

Chegou o momento, é altura de darmos por encerrado mais um ano, mais uma corrida que fizemos incansavelmente para chegar à meta em primeiro, mais uma série de objectivos cumpridos ou não e já elaborámos a lista de outros tantos para lançarmos mal ouvíssemos as 12 badaladas que nos colocam no dia de hoje, 1º dia do ano.

É comum ouvirmos “Ano novo, Vida nova”, “Este ano é que vai ser…”, “Agora sim, vou começar tudo de novo e bem…”, mas esquece-mo-nos que por trás destas frases todas há um conjunto de factores que não podemos descurar, seja a derrota pessoal nos objectivos atingidos anteriormente, seja a vontade de querer mostrar que estamos diferentes, ou empenhados em algo.

Muitas vezes pegamos no básico, pedimos os clássicos amor, saúde e felicidade. Vamos mais fundo e pedimos que a sorte alheia esteja de olho em nós e nos traga algo inesperado, um prémio monetário, um sorteio qualquer, algo que nos dê ainda mais alento e vontade. Chegamos ao extremo e pedimos coisas que já nem dependem só de nós.

Porque é o primeiro dia e queremos é ir todos passar as promessas e pedidos das palavras para o papel, para assinarmos e nos comprometermos contratualmente com elas para não falharmos, eu digo-vos aquela que me indicaram e que assumi como minha, que não depende de nada mais a não ser de mim e que não vai falhar se não me dedicar: “Este ano quero ser apenas eu, independentemente do que aconteça, quero ser eu”.

Um bom ano meus caros!

Texto original de 01/01/2015